Rappi entra na disputa entre Keeta e 99Food e desafia exclusividade no delivery

O mercado de delivery no Brasil está cada vez mais competitivo — e agora ganhou um novo capítulo. A Rappi, aplicativo colombiano de entregas, pediu oficialmente para entrar na disputa judicial que envolve a Keeta e a 99Food contra o iFood. O motivo? As chamadas cláusulas de exclusividade, que limitam restaurantes a operarem com apenas uma plataforma de delivery.

A empresa argumenta que essas cláusulas prejudicam a livre concorrência e podem criar um duopólio entre o iFood e outro grande player, reduzindo as opções para consumidores, entregadores e estabelecimentos. Segundo a Rappi, a abertura do mercado é essencial para que novos aplicativos consigam competir de forma justa, estimulando preços mais competitivos e melhores condições de trabalho.

Entenda o contexto da disputa

A Keeta, empresa controlada pela Zé Delivery, e a 99Food, da chinesa Didi, já haviam acionado o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra o iFood, acusando-o de práticas anticompetitivas. Agora, com a entrada da Rappi no caso, a pressão sobre o líder do mercado aumenta.

O Cade já havia determinado, em decisões anteriores, limitações ao uso de contratos de exclusividade, especialmente com grandes redes de restaurantes. No entanto, o tema voltou ao centro das discussões após as novas movimentações de concorrentes que tentam expandir sua presença no país.

Rappi busca espaço e equilíbrio no mercado

A Rappi afirma que sua entrada na disputa não é apenas estratégica, mas uma forma de defender um ambiente mais equilibrado e inovador. A empresa tem apostado em novas tecnologias, promoções agressivas e parcerias com pequenos negócios para se destacar da concorrência.

Com o avanço da Keeta e a expansão nacional da 99Food, o setor de delivery vive uma fase de consolidação e transformação. Segundo especialistas, essa nova briga pode redefinir as regras do jogo e abrir espaço para um cenário mais competitivo — algo que beneficiaria restaurantes e consumidores.

O que está em jogo

Se o Cade decidir rever as políticas de exclusividade, o mercado poderá ver uma reconfiguração importante: mais liberdade para os restaurantes, mais opções de aplicativos e, possivelmente, menores taxas e prazos de entrega.
Por outro lado, o iFood argumenta que seus contratos são legais e contribuem para a sustentabilidade do ecossistema, garantindo previsibilidade e investimentos em tecnologia.

Conclusão

A movimentação da Rappi mostra que a guerra dos aplicativos de delivery está longe de acabar. O caso entre Keeta, 99Food, iFood e agora Rappi promete agitar o setor e definir os rumos da concorrência nos próximos anos.
Com o mercado de entregas cada vez mais relevante para o comércio e para os consumidores, o desfecho dessa disputa poderá moldar o futuro do delivery no Brasil.

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