O setor de delivery no Brasil vive uma verdadeira guerra de taxas, conforme destacado em uma recente matéria publicada pela Bloomberg Línea. As principais plataformas do país como iFood, Rappi, Uber Eats e o recém-relançado 99Food estão disputando espaço com estratégias agressivas de preços, parcerias e condições comerciais que têm mexido com todo o ecossistema da alimentação fora do lar.
A disputa entre os apps de delivery se intensifica
De acordo com a Bloomberg Línea, essa guerra de taxas não acontece por acaso. O mercado brasileiro de delivery movimenta bilhões de reais por ano e cresceu fortemente após a pandemia. Agora, com o retorno gradual ao consumo presencial e o aumento da concorrência, os apps precisam inovar para manter restaurantes parceiros e fidelizar usuários.
A grande questão é: quem paga essa conta?
As taxas cobradas dos restaurantes — que podem chegar a até 30% por pedido — estão sendo ajustadas, muitas vezes reduzidas, especialmente para novos parceiros ou durante campanhas promocionais. Isso tem provocado uma reconfiguração no setor e favorecido o surgimento de novas plataformas ou soluções mais acessíveis, como cardápios digitais próprios e sistemas integrados de vendas.
99Food volta ao jogo e acirra a disputa
Um dos pontos citados pela reportagem da Bloomberg Línea é a reentrada da 99Food em cidades estratégicas, como Goiânia, com taxas mais baixas e políticas agressivas de captação de restaurantes. O objetivo é romper a hegemonia do iFood, que lidera o mercado, mas enfrenta críticas constantes por suas taxas elevadas e práticas comerciais.
Além disso, plataformas como a Rappi estão tentando se posicionar como marketplace premium, enquanto a Uber Eats reformulou seu modelo e passou a atuar de forma mais enxuta.
Restaurantes reavaliam sua dependência das plataformas
Diante desse cenário, muitos estabelecimentos estão repensando sua presença nos aplicativos tradicionais. Alternativas como sistemas próprios de pedidos, cardápios digitais com QR Code, robôs de atendimento via WhatsApp e plataformas white-label estão ganhando força.
Essas soluções permitem ao restaurante manter o controle da base de clientes, reduzir taxas e aumentar a lucratividade, sem depender exclusivamente de grandes players do delivery.
Conclusão: o consumidor pode ser o maior beneficiado
Com a guerra de taxas em pleno andamento, quem mais tende a ganhar é o consumidor final. Promoções, frete grátis, cupons e ofertas exclusivas são cada vez mais comuns na tentativa de atrair pedidos. No entanto, o sucesso das plataformas dependerá do equilíbrio entre sustentabilidade financeira, experiência do usuário e relação com os restaurantes parceiros.
A reportagem da Bloomberg Línea serve como um alerta e, ao mesmo tempo, como um retrato fiel do atual momento do setor de delivery no Brasil — competitivo, dinâmico e em constante transformação.
Categoria: Informações
Categoria: Informações
Categoria: Informações
Categoria: Informações
Categoria: Informações
Categoria: Informações
Categoria: Informações
Categoria: Dicas
Categoria: Informações